A covardia do boxeador capixaba versus a coragem dos estudantes de Coimbra. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 5 de dezembro de 2017 às 17:21
A recepção para Moro em Coimbra

Um boxeador brasileiro e alguns estudantes portugueses acabam de protagonizar exemplos acabados de covardia e coragem.

Sergio Moro foi recebido na Universidade de Coimbra com pichações nos muros contra sua participação numa palestra com o nome pomposo de “Transparência, Accountability, Compliance, Boa Governança e Princípio Anticorrupção”.

Brasileiros e lusitanos se manifestaram com mensagens como “Fora Bolsomoro” e “A Justiça é cega para os crimes do $ergio Moro”.

“Durante seu trabalho, Moro ignorou o princípio da imparcialidade, adotando condutas inadmissíveis como a divulgação de escutas de conversas privadas obtidas de maneira ilegal”, diz um grupo em carta aberta ao magistrado.

“A autorização de conduções coercitivas fora do previsto em lei e a utilização de coação para obtenção de acordos de delação premiada tornaram-se prática corrente no seu modo de atuar. Por fim, Moro adotou uma postura inquisitorial ao longo de todo o processo, agindo ao mesmo tempo como juiz e acusador.”

A conferência de SM é na quinta, dia 7. Provavelmente, ele vai ouvir lá o que não ouve aqui.

No Brasil, o pugilista Esquiva Falcão preferiu ofender eleitores de Lula que foram recebê-lo no aeroporto de Vitória na abertura de sua caravana por Espírito Santo e Rio de Janeiro.

“Cheguei agora aqui no aeroporto de vitoria-ES. Mas de 50 pessoas apoiando o Lula, todo mundo fedendo a cachaça. Nada contra, mas o cheiro estar de mas”, escreveu no Twitter. Peço desculpas por manter a grafia original.

Capixaba, morador de Vila Velha, seguidor de Bolsonaro, evangélico (vive postando versículos da Bíblia), medalha de prata em Londres, Esquiva Falcão é um pusilânime. Apagou tudo logo depois de ser confrontado.

É fruto da burrice nacional pós golpe. Hoje, se você quiser exemplo de luta, cidadania, altivez e inteligência, deve olhar para Portugal.