A TV tradicional e linear está a caminho da extinção

Atualizado em 15 de maio de 2013 às 9:02

O caso da Netflix é uma evidência disso.

O presidente da Netflix
O presidente da Netflix

 

A TV tradicional e linear está a caminho da extinção. A única questão é qual será a duração desse período de deterioração, que já vem acontecendo.

É isso o que o presidente do Netflix, Reed Hastings, afirma num ensaio no qual mostra a visão a longo prazo da companhia.

Por mais que faça todo o sentido que Hastings diga isso, já que comanda uma empresa que investe bilhões de dólares na disponibilização de conteúdo na internet, ele realmente tem razão.

Segundo Hastings, mesmo que a TV tradicional ainda tenha um público fiel, a tendência é que essas pessoas cansem de ter que se adaptar ao cronograma da programação que esses canais oferecem.

Assim, redes que investem em aplicativos para a internet — como ESPN, HBO e BBC — já largam na frente.

A ideia é que o público busque apenas o conteúdo que lhe interessa para assistir no horário mais adequado de acordo com sua agenda.

Outro ponto que favorece a visão de Hastings é o fato de que, assim como aconteceu com os celulares, os set-top-boxes (como a AppleTV) estão se desenvolvendo junto com os aplicativos oferecidos por cada canal e se tornando cada vez mais baratos.

A alta qualidade de transmissões em 4k (Ultra HD) também chegará muito mais rápido à internet do que às TV tradicionais. E o público ao longo dos anos se acostumará a assistir a seus programas preferidos em tablets e smartphones, favorecendo a escolha online.

A Netflix está investindo pesado na produção de conteúdo próprio, com séries como House of Cards e, agora, Arrested Development.  A Amazon também está produzindo conteúdo para disputar esse mercado com a Netflix.

Os dias de zapear o controle remoto estão contados – isso se você ainda estiver nessa. Melhor para todos nós.