Aécio Neves tenta salvar a lavoura em Minas

Atualizado em 9 de setembro de 2014 às 19:56
A_cio2
Ele

Se havia alguma dúvida de que Aécio Neves está num nocaute técnico e de que isso são favas contadas no partido, ela foi dissipada com a mudança de endereço de um personagem fundamental em sua campanha e sua trajetória política.

Sua irmã Andréa, conselheira, braço direito, chefe da comunicação, coordenadora, mudou-se para Minas Gerais para evitar um desastre na candidatura de Pimenta da Veiga. De acordo com uma pesquisa do DataTempo, ele tem 21% das intenções de voto contra 34% do petista Fernando Pimentel.

O PSDB manda no estado desde 2003. Aécio governou MG por oito anos e elegeu seu sucessor, Anastasia.

Para presidente, a situação se complicou: Dilma aparece com 36%, enquanto Aécio mergulhou de 41% para 26,5%. Tudo indica que seus votos migraram para Marina Silva, que subiu de 4,8% para 20,5%.

A tentativa mais recente de reverter o quadro foi dizer que Marina plagiou seu programa no que tange a economia. Declara que “o Brasil não é para amadores” e que espera que o eleitor fique com suas propostas — “as originais”, em oposição às de Marina.

Perdeu apoio no Rio Grande do Sul e no Rio, onde membros do movimento “Aezão” — junção de Aécio com o governador Pezão, do PMDB — reconhecem que há dificuldade de “arrecadação de recursos”.

Depois de levar a presidência em 1994 e 1998, o PSDB não fica fora de um segundo turno desde 2002. Tudo indica — tudo indica — que esse recorde será quebrado agora.

Andréa Neves corre para tentar salvar a lavoura em Minas do incrível candidato que encolheu.