De A a Z, as razões pelas quais o homem se casa, segundo Balzac

Atualizado em 12 de junho de 2013 às 9:25

Não é definitivamente por falta de motivos que eles fogem enquanto podem do altar.

Grace Kelly

 

Os motivos abaixo forneceram argumento para milhares de romances e peças, lembra Balzac. Como discordar?

 

Por Ambição, é caso bem conhecido;

Por Bondade, para arrancar uma filha da tirania de sua mãe;

Por Cólera, para deserdar alguns parentes;

Por Desdém de uma amante infiel;

Por Enfado da deliciosa vida de solteiro;

Por Fealdade, receando que um dia lhe falte mulher;

Por Ganância para ganhar uma aposta, é o caso de Lord Byron;

Por Honra, como George Dandin (personagem de Molière);

Por Interesse, mas é quase sempre assim;

Por Juventude, ao sair do colégio atordoado;

Por Loucura, sempre o é;

Por Maquiavelismo, para em breve ser o herdeiro de uma velha;

Por Necessidade, para legitimar um filho;

Por Obrigação, porque a jovem foi fraca;

Por Paixão, para curar-se mais seguramente;

Por Querela, para acabar um processo;

Por Reconhecimento, é dar mais do que se recebeu;

Por Sabedoria, isso ainda acontece aos doutrinários;

Por Testamento, quando morre um tio e sobrecarrega a sua herança com uma filha para desposar;

Por Uso, para imitar os antepassados;

Por Velhice, para arranjar um fim;

Por Xavasca, um motivo sempre justo.

Por Yatidi, que é a hora de se deitar e significa todas as necessidades dessa hora entre os turcos;

Por Zelo, como Duque de Saint-Aignan, que não queria cometer pecados.