Dilma terá “frente jurídica” no governo para reagir a “mentiras e agressões”. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 27 de janeiro de 2016 às 21:25
Ela
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Um ministro do governo Dilma fez uma análise sobre o momento político. O ano de 2016, acredita ele, é decisivo. “Ou reagimos, ou será a derrota do nosso projeto”, afirma.

Uma das medidas principais dessa reação será na área jurídica. “Vamos exigir, para começar, direito de resposta”, conta. “Mentiras e agressões serão respondidas. O importante é não repetir 2015”.

Será organizada uma frente jurídica. “Estamos montando uma estrutura”.

Essa nova postara incluirá o governo como um todo — e também Dilma, evidentemente. O ministro fez uma autocrítica do que chamou de “republicanismo ingênuo”.

A presidente “não pode mais ser chamada de ladra, de vaca impunemente”. “Se não responde nada, a mentira vira verdade”, aponta.

A orientação é a que Lula e Chico Buarque tomaram recentemente. Chico fez saber que o decorador revoltado online João Pedrosa seria processado depois que o caluniou no Instagram de sua filha Silvia Buarque.

“Família de canalhas! Que orgulho de ser ladrão!”, escreveu Pedrosa. Um pedido de desculpas falso como uma nota de 3 dólares e meio não foi o suficiente para demover o cantor.

O playboy que o xingou de “merda” no famoso bate boca no Leblon também está sendo acionado.

Lula está movendo quinze ações cíveis e criminais em São Paulo, Rio e Brasilia. João Doria, que o chamou de “sem vergonha” e “cara de pau”, é um dos que serão interpelados.

À coluna de Mônica Bergamo, seu advogado Cristiano Martins observou que havia “relação entre informações falsas que eram publicadas e a abertura de investigações contra o ex-presidente”.

Decerto que choverão acusações de “cerceamento à liberdade de expressão” etc etc. Mas, num estado de direito, procurar a Justiça para se defender é o básico. Parece inacreditável para alguns, mas faz parte da democracia.