A direita bate cabeça e ‘ressuscita’ Huck. Por Fernando Brito

Atualizado em 3 de janeiro de 2018 às 9:17

Por Fernando Brito do blog Tijolaço.

Luciano Huck segundo o chargista Renato Aroeira

O genial Aroeira resume o significado da “ressurreição” da candidatura de Luciano Huck, feito nesta virada de ano com a nota do Painel, da Folha, dizendo que Luciano Huck teria pedido a Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, que seu nome não fosse excluído das pesquisas eleitorais.

Assunto para dias vazios de notícias, revela apenas que o conservadorismo só tem um plano, para valer: eliminar Lula da disputa.

O resto anda na base do “seja o que Deus quiser” e o que o dinheiro e a propaganda puderem.

O próprio Fernando Henrique – muy amigo – admite “rifar” Geraldo Alckmin “Se houver alguém com mais capacidade de juntar” eleitores.

Não têm um projeto para o país.

Não tem sequer o país, têm uma capitania a explorar.

Montenegro, que não dá um passo sem o oráculo do Jardim Botânico a influenciá-lo, diz o óbvio – “existe uma decepção muito grande com a maioria dos políticos e partidos” – e que “isso torna a eleição imprevisível”.

Não é verdade. Há um franco favorito nas eleições, Lula, e o Ibope e todos os institutos de pesquisa registram isso.

O que é imprevisível é o que vão fazer contra o processo de formação de consciência do povo brasileiro, tirando à força da disputa aquele que a lidera, com enorme folga.

Atirar o país numa aventura e mantê-lo quatro anos – isso se um presidente com baixa legitimidade sustentar-se – num clima de incertezas e negociatas não vem ao caso, para esta gente.

Dane-se que o Brasil continue a ser um caldeirão.