É mais fácil o Vasco ser campeão do que haver um golpe. Por Paulo Nogueira

Atualizado em 24 de agosto de 2015 às 19:54
Pinta de campeão?
Pinta de campeão?

Alguns círculos progressistas na internet continuam assombrados com a possibilidade de um golpe.

Acoelhados, talvez seja a palavra correta.

É uma questão psicológica, sem nenhuma ligação com os fatos reais.

Quando a Globo anunciou que gostaria que o sucessor de Dilma fosse escolhido pelas urnas, foi porque os Marinhos perceberam que 2015 não é 1964.

Você teria um país virtualmente em guerra civil com um golpe. Do ponto de vista internacional, o Brasil voltaria a ser visto como uma República das Bananas.

Sem o patrocínio da Globo, as coisas se tornaram inviáveis para os golpistas. Não bastasse isso, uma peça-chave na trama, Eduardo Cunha, está hoje mais preocupado em escapar da cadeia e da multa de 80 milhões de dólares do que com qualquer outra coisa.

Se era um general da tropa do golpe, hoje é um recruta.

Tudo isso posto, os ânimos deveriam serenar. Mas basta FHC, Aécio ou Gilmar Mendes abrirem a boca para os corações progressistas dispararem.

Então, numa derradeira tentativa de tranquilizar as pessoas, recorro a uma imagem futebolística: é mais fácil o Vasco ser campeão do que haver um golpe.