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A questão no mercado financeiro: quanto Palocci vai entregar em delação premiada

Da Folha:

 

Mensagem para você Antonio Palocci enviou um recado quando escancarou, diante do juiz Sergio Moro, que quer fazer delação premiada. Ao dizer que está à disposição para falar com o magistrado, no dia em que ele quiser, sinalizou que enfrenta problemas para fechar o acordo de colaboração com os investigadores e busca por uma intervenção de Moro na negociação. Isso mudou a interrogação que paira no mercado financeiro de “será que Palocci vai falar?” para “quanto ele vai contar?”.

Porte Analistas do mercado financeiro dão como certo que Palocci indicará uma lista de problemas em negócios firmados com bancos pequenos e de investimento. Poderá dar detalhes, por exemplo, sobre a operação no Panamericano. A dúvida é se o ex-ministro envolverá as grandes instituições em seu relato.

Bipolar No depoimento, Palocci delineou diferenças entre os estilos de Emílio e Marcelo Odebrecht. Disse que era possível falar com o patriarca sem mencionar negócios, o que não ocorria com o herdeiro. “O Marcelo era um guerrilheiro da empresa. Sem crítica pessoal. É um ótimo pai de família”, definiu.