Apoie o DCM

Alegando manutenção, prefeitura retira ciclovia em São Paulo

Do vadebike:

Recebemos nessa quarta-feira, 22 de março, diversos relatos e fotos sobre uma aparente retirada de ciclofaixa na região do Morumbi, na rua Dr. Fausto de Almeida Prado Penteado e na Av. Amarílis. A ação, que está sendo justificada como “tapa-buraco”, está colocando em risco a vida de quem se locomove de bicicleta no local.

O pavimento novo, preto, está escondendo totalmente um longo trecho de ciclovia, o que já faz com que carros subam a via ocupando o espaço anteriormente destinado às bicicletas.

Isso representa um grave risco a quem desce a ciclovia no contrafluxo, pois a faixa de repente desaparece embaixo do novo asfalto, com carros subindo de frente para os cidadãos desavisados que descem o local em bicicleta.

Apesar de se tratar de uma alteração na sinalização viária, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) não participou do processo. Tanto que o órgão nos pediu para entrar em contato com a Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais. A Secretaria respondeu, por meio de nota e em nome da Prefeitura Regional Butantã, que “a rua em questão vem passando por serviços de manutenção do pavimento, como operação tapa-buraco, com a massa asfáltica cobrindo parte da ciclofaixa”.

Informou ainda que “ao término do trabalho a pintura da ciclofaixa será refeita” e que “as placas indicativas foram retiradas para limpeza, pois estavam pichadas e também serão reinstaladas”.

Foto disponível no sistema da operação tapa-buraco mostra que na verdade foi feito um recapeamento, que incluiu retirada de tachões e de placas.

Mas por que, então, os tachões foram retirados? Houve uma retirada completa de sinalização, tanto horizontal (pintura, tachões, olhos de gato, balizadores) como vertical (placas). Se a empresa que faz o recapeamento não é a que faz limpeza de placas, qual a chance ou a necessidade disso acontecer simultaneamente?

As placas poderiam ser limpas sem ser retiradas, já que isso caracteriza uma alteração de sinalização viária. Cidadãos que passam com frequência pela região afirmam que as placas não estavam pichadas (e, ainda que estivessem, não seriam todas elas), portanto por que retirar todas as placas?

(…)