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Aliado de Cunha acusado de fraudar assinatura diz que misturou bebida e tarja preta

Do iG:

Na tentativa de explicar a denúncia de que houve falsificação de sua assinatura em um documento de renúncia encaminhado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, o deputado Vinícius Gurgel (PR-AP) reafirmou que foi o responsável por assiná-lo, alegando que possíveis discrepâncias em relação à sua grafia teriam sido causadas pela mistura de bebida alcoólica e remédios tarja preta.

Convocado por colegas, Gurgel explicou, nesta quarta-feira (9), que faz tratamento psiquiátrico há três anos e que assinou sua renúncia do Conselho de Ética – favorecendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo que tenta cassar seu mandato – sob efeito de álcool, pois bebeu na noite anterior. De acordo com peritos consultados pelo jornal “Folha de S. Paulo”, que revelou o caso, a assinatura foi falsificada.

“Bebi um pouco antes de viajar e, na sexta-feira, acordei e já assinei os documentos. Não vou me debater com instituto de pesquisa. A palavra é minha. Não devo ser acusado de criminoso ou de bandido por isso”, afirmou Gurgel. “Queria que vocês pedissem à Mesa-Diretora meus laudos psiquiátricos. Faço questão que isso conste no processo.”

Na noite da votação do parecer que deu continuidade ao processo disciplinar contra o Cunha, Gurgel encaminhou a carta de renúncia ao cargo de membro titular do colegiado, que, a princípio seria ocupada por seu suplente, Ricardo Izar, (PSD-SP), aliado do governo federal e contrário ao presidente da Câmara.