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Aliados de Cunha reconhecem que situação ficou insustentável

Do g1:

Aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avaliam que a situação dele ficou insustentável com a revelação do dossiê enviado pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria-Geral da República. Os documentos revelam o caminho do dinheiro supostamente repassado a contas atribuídas a Cunha e familiares.

Os deputados mais próximos estão extremamente incomodados com o silêncio de Cunha nos últimos dias, desde que começou a ser noticiada a existência dessas contas no exterior. Segundo relatos, até recentemente, Cunha garantia em conversas reservadas que não tinha dinheiro no exterior e nem contas em paraísos fiscais. “Como ele não falou a verdade, não temos por que ficar com desgaste de defendê-lo”, observou um cacique do PMDB.

Como mostrou o Blog de Matheus Leitão, as supostas contas de Eduardo Cunha na Suíça, indicam as investigações, receberam nos últimos anos depósitos de US$ 4.831.711,44 e 1.311.700 francos suíços, equivalentes a R$ 23,2 milhões, segundo a cotação desta sexta-feira (9).

“A materialidade das provas contra Cunha é impressionante. Ele ficou inviabilizado no comando da Câmara”, reconheceu ao Blog um deputado peemedebista próximo de Cunha, ao lembrar que até o passaporte diplomático foi usado para a abertura das contas.

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Também avaliam que o presidente da Câmara cometeu um erro ao partir para o ataque ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Ao fazer isso, ele acabou atacando toda a corporação. Ele virou prioridade para o Ministério Público Federal”, observou esse deputado do DEM.

Além disso, como revelou ontem o Blog, um grupo de caciques tucanos já começa a trabalhar numa operação de desembarque em relação ao apoio ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Já os petistas tinham abandonado Cunha desde o momento em que ele passou a fazer oposição ao governo Dilma.

No Palácio do Planalto, a análise predominante é que a situação de Cunha também ficou muito delicada. E que as revelações tiram a credibilidade do presidente da Câmara em relação à eventual abertura de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.