Autora de proposta para tirar título de Paulo Freire é fã de Bolsonaro e passa os dias nas redes xingando pessoas de “bosta”
Em 21 de setembro, a Gazeta do Povo falou sobre a ideia de tirar de Paulo Freire o título de patrono oficial da educação brasileira:
A proposta revogaria a lei 12.612, de 2012, aprovada pelo governo e sancionada por Dilma Rousseff. São necessárias 20 mil assinaturas para que o tema seja debatido no Senado – na data de atualização desta reportagem, aproximadamente 14 mil pessoas já tinha assinado a petição.
“Paulo Freire é considerado filósofo de esquerda e seu método de educação se baseia na luta de classes”, argumenta Stefanny Papaiano, autora da proposta.
“Os resultados são catastróficos e tal método já demonstrou em todas as avaliações internacionais que é um fracasso retumbante”.
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Célio da Cunha, professor da Universidade Católica de Brasília, classifica o projeto como “absurdo”. “Freire é não só o educador, mas o intelectual brasileiro que mais teve repercussão no exterior”, diz.
Mas para Miguel Nagib, fundador do movimento Escola Sem Partido, a lei precisa mesmo ser revogada. “Paulo Freire, de certo modo, é responsável pelo descalabro que é a educação no Brasil. Nesse sentido ele até mereceria ser citado com patrono”, ironiza.
Stefanny Papaiano é paulista, coordenador do movimento fascista Direita São Paulo e passa seus dias nas redes sociais em debates de alto nível, xingando seus “inimigos” imaginários de “bostas”.