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Brasileira que mora em Caracas diz que viver na Venezuela é melhor do que no Brasil

Caracas

Com base em informações do G1

O G1 entrevistou brasileiros que vivem na Venezuela e o resultado é surpreendente para quem acompanha o noticiário sobre a crise no país. É melhor viver lá do que no Brasil:

A brasileira diz que a vantagem de morar no país é o baixo custo de vida. “Temos amigos que voltaram para o Brasil e a maioria está desempregada. Aqui na Venezuela, com todas as dificuldades, com todos os problemas, ainda há uma qualidade de vida melhor do que no Brasil, por incrível que pareça”.

“Hoje na Venezuela a gasolina sai de graça praticamente. Você vai no salão, você paga R$ 5 numa escova de cabelo, a mão de obra que trabalha na sua casa não chega a um terço do valor do que se paga no Brasil. Tudo o que você precisa, que é primordial para se ter numa casa, é muito melhor você viver ainda aqui do que no Brasil”, diz.

Outro entrevistado, dono de uma agência de publicidade, diz:

Coimbra diz que quando chegou na Venezuela encontrou uma economia pujante. Hoje ele observa a saída de empresas do país, mas diz que não cogita fazer o mesmo e vê até um lado positivo para o mercado.

“A Venezuela era um polo de atração para as multinacionais. O país era mais organizado, o benefício de ter uma reserva petroleira era melhor utilizado. Toda essa riqueza vem se deteriorando por ausência de diálogo entre as partes, mas, sem dúvida, continua sendo um país muito rico”, afirma.

“Tenho um carinho por esse país. Só saio daqui se tornarem a publicidade ilegal”, brinca. “O venezuelano é o consumidor ideal: consumista, que compra por status, que está bloqueado por uma circunstância que está vivendo, porque está sem dinheiro. Quando a crise passar, ele vai voltar a consumir”.

Para o publicitário, a estrutura produtiva do país passa por mudanças. “Essa crise está fazendo mudar o perfil do econômico venezuelano. A saída de muitas multinacionais, na minha maneira de pensar, está abrindo a possibilidade de surgimento de empresas locais. A crise ensina que é preciso ser competitivo. Isso me leva a crer que no futuro, quando a situação voltar ao normal, o mercado venezuelano vai surgir com um perfil um pouco diferente”, afirmou.