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Candidatos evangélicos crescem 45% entre eleições de 2010 e 2014

O número de candidatos “abertamente evangélicos” na disputa eleitoral cresceu 45% em quatro anos no Brasil. No pleito de 2010, eram 226 e, neste ano, somam 328. Um mapeamento realizado pelo Broadcast Político com dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral buscou candidatos que usam, no nome que aparece na urna eletrônica, referências explícitas a religiões protestantes – “pastor”, “bispo” e “missionário”.

Para o professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista Dario Rivera, uma explicação para o crescimento de candidatos abertamente evangélicos nas eleições é a crença pentecostal de que uma de suas missões é a prática política – não apenas em lugares secundários, mas como protagonista.

Segundo Rivera, o discurso dessas denominações religiosas tem tons messiânicos. “Muito se fala no ‘estou fazendo porque Deus me mandou e estou certo de que vou ganhar'”, afirma o especialista.

Para ele, a presença de várias igrejas na mídia – com pregações transmitidas em diversos canais de TV – cria ou orienta um volume significativo de votos. Ele cita ainda que as lideranças pentecostais articulam alianças políticas em nome das instituições religiosas, o que não acontece na Igreja Católica, por exemplo.

Este grau de formalização de apoio político por parte dos evangélicos também pesa na decisão de voto dos fiéis.

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