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Catta Preta rompe silêncio: delator ‘apresentou provas’ da propina para Eduardo Cunha

A advogada Beatriz Catta Preta deu uma entrevista ao Jornal Nacional a respeito de sua decisão de abandonar a defesa de seus clientes na operação Lava Jato.

(Aqui, o vídeo.)

Há algumas semanas, a CPI da Petrobras decidiu convocá-la para prestar esclarecimentos sobre a origem de seus honorários. O requerimento foi apresentado pelo deputado Celso Pansera, do PMDB, acusado pelo doleiro Alberto Yousseff de  ser “pau-mandado” do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Ao JN, Catta Preta desmentiu as notícias de que foi para Miami. “Saí de férias. Nunca cogitei sair do país, como estão dizendo na imprensa”, afirma.

O motivo: “Zelar pela segurança da minha família, dos meus filhos. Não recebi ameaças diretas. Elas vêm de forma cifrada, elas vêm veladas”.

Ela anunciou que está abandonando a carreira. A retaliação começou depois do testemunho do empresário Júlio Camargo, que acusou Cunha de receber propina de 5 milhões de dólares.

Catta Preta afirmou que Júlio Camargo apresentou provas em todos os depoimentos dele. Incluído o que relata pagamentos de propina ao presidente da Câmara.

Segundo ela, Camargo não contou sobre Cunha em depoimentos anteriores por “receio”. Ele teve “medo de chegar ao presidente da Câmara”.

A “gota d’água”, como ela chamou, de sua decisão de sair da profissão foi a CPI. Sobre as suspeitas levantadas a respeito de seu pagamento, disse que o dinheiro “foi recebido no Brasil, impostos recolhidos. A vida do escritório, e a minha, é absolutamente correta”, declarou.

De acordo com o advogado de Eduardo Cunha, a atitude de Beatriz Catta Preta é “coisa montada”.