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Cerca de 200 detentos fogem de presídio dominado pelo PCC em Bauru

Do Uol:

 

Uma rebelião no Centro de Progressão Penitenciária (CPP3) “Prof. Noé de Azevedo”, em Bauru, no interior de São Paulo, resultou na fuga de cerca de 200 detentos na manhã desta terça-feira (24). A unidade prisional tem capacidade para 1.124 presos do regime semiaberto, mas, atualmente, abrigava 1427. É a primeira rebelião do ano em presídios paulistas, segundo sindicatos de trabalhadores dessas unidades.

A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária não forneceu um número oficial de presos que fugiram, nem quantos foram recapturados. Segundo o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), no entanto, a estimativa é de ao menos 200 fugitivo por conta da rebelião começou por volta das 8h.

Em nota encaminhada ao UOL às 11h45, a SAP resumiu: “A situação já está controlada, e o Grupo de Intervenção Rápida, formado por agentes de segurança penitenciária, está junto com a PM realizando a contagem dos presos, pois alguns deles aproveitaram-se da confusão para evadir-se do presídio. Não houve reféns. Parte dos evadidos já foi recapturada e será levada ao Centro de Detenção Provisória de Bauru”, informou a pasta.

Conforme o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado (Sindasp), Daniel Grandolfo, o presídio é dominado pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). “A princípio, os presos teriam se rebelado contra as regras impostas pelo diretor de disciplina da unidade, que retornou de férias hoje. Eles reclamam que ele é muito rígido”, explicou.

Para o diretor de comunicação da Fenaspen (Federação Nacional dos Agentes Penitenciários), Fábio Jaba, a tensão nos presídios paulistas, sobretudo os da região do Vale do Paraíba, não é de hoje.

“Os servidores estão, a cada cinco dias, sendo agredidos. Já tivemos quatro servidores agredidos por presos este ano”, disse Jaba. Ele ressaltou que a superlotação dos presídios e a falta de funcionários têm prejudicado a segurança nos centros de detenção.