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Consórcio negociou propina para abafar investigação de cratera do metrô em SP

Do Brasil 247:

Executivos de empreiteiras envolvidas no acidente na construção da linha 4-amarela do metrô de São Paulo em 2007, na gestão de José Serra (PSDB), admitiram que negociaram o pagamento de propina com um advogado que se dizia intermediário de um promotor de Justiça.

O objetivo era favorecer os representantes das empreiteiras nas investigações desse que foi o maior acidente da história do Metrô paulista. Consórcio responsável pela obra era liderado pela Odebrecht e tinha a participação de Camargo Corrêa, OAS, Queiroz Galvão e Andrade Gutierrez. As informações são da Folha de S.Paulo.

“As fontes que tiveram conhecimento sobre as tratativas, porém, dizem não saber se o suborno foi pago. A simples solicitação ou oferta de propina, porém, já configura o crime de corrupção, de acordo com o Código Penal.

O Tribunal de Justiça julgará nesta quinta (17) o caso do desabamento em segunda instância. Em primeiro grau, a Justiça absolveu os 14 réus das empreiteiras e do Metrô por considerar que a Promotoria não conseguiu provar que os acusados tinham condições de evitar a cratera e as mortes.

A denúncia do Ministério Público não apontava a responsabilidade de membros dos altos escalões das empreiteiras ou da estatal de trens.”