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Crise na Ucrânia respinga no futebol

A crise no leste ucraniano começou a respingar no futebol. Precisamente no Shakhtar Donetsk, principal clube da região. Após um amistoso na França, seis jogadores do time, entre eles cinco brasileiros, se recusaram a voltar à Ucrânia devido à crise política, e agora estão sendo pressionados por técnico e diretores a retornarem.

“Se eles não vierem, serão os primeiros a sofrer”, disse o oligarca Rinat Achmetov, presidente do clube, em comunicado. Segundo ele, o descumprimento de obrigações previstas no contrato dos jogadores poderá acarretar na aplicação de multas que podem passar dos 10 milhões de euros.

“Estamos prontos para garantir a segurança. Não vamos nos arriscar e, sob nenhuma hipótese, jogadores serão levados a lugares perigosos”, prometeu o cartola.
Brasileiros temem ataques

Entre os profissionais que se recusam a voltar estão os brasileiros Douglas Costa, Alex Teixeira, Fred, Dentinho e Ismaily, além do argentino Facundo Ferreyra. Após um amistoso contra o Olympique de Lyon, na França, os seis se recusaram a voltar para Donetsk, alegando que na região ucraniana eles correm risco de vida.

“Queria deixar claro que não estou abandonando o time. Simplesmente estou com medo”, afirmou Douglas Costa, de 23 anos. “Queremos permanecer no clube, mas precisamos de condições mais seguras de trabalho.”

Para Mircea Lucescu, treinador do Shakhtar, a decisão dos brasileiros foi influenciada pelo agente Kia Zhoorabkhyan. “Ele quer tirar proveito da atual situação no país e receber jogadores de graça. Mas esses jogadores têm contrato”, afirmou Lucesco.

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