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De Janot para Gilmar: justiça eleitoral não é protagonista da democracia

 

De Rodrigo Janot, em parecer pelo arquivamento do pedido feito por Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE, para investigar uma das fornecedoras da campanha de Dilma Rousseff:

“É em homenagem à sua excelência [Gilmar], portanto, que aduzimos outro fundamento para o arquivamento ora promovido: a inconveniência de serem, Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral, protagonistas —exagerados— do espetáculo da democracia, para os quais a Constituição trouxe, como atores principais, os candidatos e os eleitores”, escreveu.

“Não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos e do ônus que lhes sobreveem. Os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito”.

E ainda: “Chegamos à conclusão de que, também nesta seara [criminal], os fatos narrados não apresentam consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais.”

Xeque mate.