Apoie o DCM

Desembargador acusado de pedir propina oferecia chupetas a advogados “chorões” e envolveu-se em acidente com morte

 

Um procedimento será aberto pelo CNJ para apurar o caso envolvendo o advogado Felisberto Odilon Córdova, que denunciou que o desembargador Eduardo Gallo Júnior teria pedido R$ 750 mil em propina para votar em um processo.

Os casos serão analisados conjuntamente pela assessoria jurídica do procurador-geral de Justiça do MP-SC. Como é crime comum, a representação do desembargador contra o advogado deve ir para a Promotoria de Justiça.

No caso da possível corrupção acusada pelo advogado Felisberto pode ser instaurado um procedimento pela PGJ ou ser encaminhado para outro órgão do Ministério Público ou da Justiça.

O desembargador já se envolveu em outras polêmicas. Juiz de direito do segundo grau desde 1992 e no Tribunal de Justiça há seis anos, Gallo divulgou um vídeo, em março deste ano, mostrando vários machucados pelo corpo, que seriam uma agressão que sofreu pela ex-companheira.

Em 2003, ele ficou conhecido por oferecer chupetas a advogados durante as audiências como forma de chamar os defensores de “chorões”.

Em 2013, esteve num acidente fatal. Um motorista perdeu o controle em uma curva na região serrana da Grande Florianópolis.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, Mateus José Silveira, 55 anos, invadiu a pista contrária. Do outro lado vinha a Land Rover, placa MER 5641, de Chapecó, conduzida por Gallo.

Gallo sofreu ferimentos leves e foi atendido no local. A polícia atesta que ele não fugiu do local, até porque precisou ser medicado. Mateus morreu na hora.