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A desculpa bizarra do diretor da Veja para o caso Romário

Depois de publicar um extrato falso segundo o qual Romário teria 7,5 milhões de dólares na Suíça e de ser desmentida pelo próprio banco, a Veja emitiu, há dias, um “pedido” de desculpas.

Romário avisou, porém, que não pretende abrir mão do processo que está movendo e a instituição bancária informou que solicitou “a abertura imediata de um procedimento penal” no Ministério Público da Suíça.

À Folha, o diretor da revista, Eurípedes Alcântara, dá uma explicação surreal da barrigada:

“O que acho que ficou mais claro ainda para mim: documento não é solução; é a coisa mais falsificável e falsificada de todos os tempos”, afirmou à ombudsman Eurípedes Alcântara, diretor de Redação da “Veja”. “Por maior que seja a certeza do repórter sobre a origem e a autenticidade, o documento é só o começo de um processo bem mais complexo de apuração. Pode ocorrer – e não estou sequer cogitando ser esse o caso do extrato – que a verdadeira história esteja em como o documento saiu de um HD ou de um arquivo na nuvem, ganhou pernas e chegou ao jornalista.”

A pergunta óbvia: se ele sabia que documento é a coisa mais falsificável de todos os tempos, por que publicou?