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Doria não cumpre promessa de transformar agências bancárias fechadas em creches

 

Promessa de Doria deu manchete, mas não saiu do papel.

Do G1

Seis meses após o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciar a intenção de expandir as vagas de creches da capital paulista tendo como uma das estratégias o uso de prédios de agências bancárias, a administração não conseguiu viabilizar nenhuma escola de ensino infantil com base nessa ideia.

O plano anunciado por Doria no dia 2 de janeiro para ajudar a cumprir sua promessa de zerar a fila das creches em seu primeiro ano de governo era usar prédios de agências bancárias que estavam fechando em razão da crise financeira. A meta anunciada por Doria foi criar 65,5 mil vagas na cidade em seu primeiro ano de governo utilizando-se desta e de outras ações.

Várias instituições bancárias anunciaram nos últimos meses o fechamento de unidades pelo país. Apenas o Banco do Brasil disse no ano passado que seriam fechadas 402 agências, sendo 55 na capital paulista.

Segundo a Secretaria da Educação, apenas o Banco do Brasil disponibilizou à Prefeitura de São Paulo um prédio e um terreno para o uso como creches. O portal que lista as 311 doações já efetuadas à Prefeitura ou em andamento não traz, porém, nenhuma menção às doações do BB ou de qualquer outro banco. O Banco do Brasil afirma que a cessão de espaços está em avaliação pela prefeitura.

A colaboração também é negociada com o uso de recursos financeiros e não apenas de imóveis ou terrenos. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que seus associados estão comprometidos em ajudar e lançaram uma campanha para conscientizar clientes e funcionários a direcionarem parte de seus impostos de renda devidos ao projeto por meio do Fumcad (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente). Paralelamente, 15 instituições financeiras também se comprometeram a doar até 1% dos impostos devidos sobre seus lucros.

A Febraban disse ainda que a os bancos, na maioria dos casos, não são proprietários das agências, mas locatários, e que a instituição não mantém acompanhamento de eventuais doações dos edifícios.

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