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“Eleição sem o Lula seria um episódio de agravamento da crise política”, diz Manuela D’Ávila

 

Manuela D’Ávila deu entrevista à Folha:

Em caso de vitória, o que faria de diferente em relação aos anos do PT?
Participamos daquelas experiências, elas construíram muitas transformações no Brasil e a gente tem orgulho disso. Mas não existe como pensar repetir em 2019 algo que começou em 2002. Tivemos entre 2002 e 2019 dez anos de uma das maiores crises da economia no mundo.
O tema da indústria 4.0, por exemplo, é algo diferente. Podemos nesse novo ciclo pensar na indústria de uma outra forma, mais ousada. Tudo que junta emprego de mais qualidade, inovação.
Também trabalharia com mais centralidade o tema da violência urbana e a ideia de que é preciso garantir paz para as pessoas trabalharem, estudarem e pensarem suas vidas.

Caso Lula seja condenado em segunda instância, a sra. defende que seja aberta uma exceção para que ele possa se candidatar?
Eu defendo que o presidente Lula receba o tratamento que defendo para todos os brasileiros. Que as pessoas só sejam condenadas quando provas forem apresentadas. Todo o processo de julgamento dele é construído com uma base não sólida. Não há nenhuma prova.

A sra. acha que a sentença do juiz Moro foi equivocada?
Não há provas. Não sei o que vai acontecer lá [na segunda instância] e não gostaria de comentar o futuro. O que acho é que a eleição sem o Lula seria um episódio de agravamento da crise política.