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Em 7 meses, Doria sai de São Paulo três vezes mais do que Haddad

Da Carta Capital:

Há 230 dias à frente da Prefeitura de São Paulo, João Doria se ausentou de São Paulo três vezes mais do que o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) no mesmo período de mandato. Com 42 dias longe da capital paulista, o tucano já embarcou a 16 destinos diferentes, sendo seis deles internacionais. Nos últimos dias, sua agenda se distanciou do tradicional eixo centro-sul e concentra-se no Nordeste.

O roteiro de Doria pela região teve início na terra natal de sua família. Ex-deputado, o pai do tucano, homônimo ao filho, nasceu e cresceu na Bahia. A primeira parada do prefeito paulistano na região poderia remeter ao orgulho patriótico, mas a viagem a Salvador tinha como objetivo um encontro com o prefeito da cidade, Antônio Carlos Magalhães Neto, do Partido Democrata, legenda com a qual Doria têm mantido uma relação cordial.

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Cortejado pelo presidente Michel Temer para migrar para o PMDB, o prefeito declarou em recente entrevista que pretende permanecer tucano, mas movimenta as peças no campo conservador com sua postura diplomática em relação a outras legendas.

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No mesmo período como prefeito, o ex-mandatário de São Paulo Fernando Haddad foi mais modesto na rodagem: a agenda se limitou a cinco viagens, todas a Brasília, para audiências periódicas com a ex-presidenta Dilma Rousseff.

Na capital federal, Haddad se reunia também com os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Joaquim Levy, e a ex-ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão Miriam Belchior, encontros que tratavam prioritariamente da renegociação da dívida de São Paulo com a União. Ao fim de seu mandato, as dívidas da cidade com a União caíram de 64,8 bilhões de reais para 28 bilhões de reais, uma redução de 36,8 bilhões de reais.