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Empresário que gravou vídeo de apoio ao general Mourão já foi condenado à prisão por sonegar impostos

Luciano Hang

Luciano Hang, que gravou vídeo de apoio ao general Mourão pelas declarações de tom golpista, já foi condenado a prisão por sonegar impostos, manter contas não declaradas no exterior e ficar com o dinheiro da contribuição previdenciária dos funcionários. No vídeo, Hang fala de ordem e progresso.

Leia um trecho da reportagem publicada pela revista Época em 2013:

A Havan pode ser a próxima a ser comprada ou receber aportes de investidores. O problema é que Luciano Hang, presidente da companhia, tem uma história controversa e ficha policial, o que pode afastar alguns interessados. Em 2003, Hang foi condenado pela Justiça Federal a 13 anos, nove meses e 12 dias de reclusão e ao pagamento de uma multa de R$ 1,2 milhão. Segundo a Receita Federal, o empresário mantinha dinheiro não declarado em depósitos no exterior. Ele pôde recorrer da decisão em liberdade. Em outro processo, Hang foi condenado a prisão e a pagar uma multa por não recolher a contribuição previdenciária de funcionários. Ele arcou com a taxa e a prestação de serviços comunitários. Hoje, leva a vida normalmente. No fim de junho esteve em Bauru, no interior de São Paulo, para a inauguração de mais uma loja. Procurado, não quis dar entrevista.

A informalidade na prestação de contas e no pagamento de tributos é um dos principais entraves que bancos e fundos de investimento encontram quando decidem comprar esses negócios. Segundo um advogado familiarizado com o setor, é preciso analisar as contas com muito cuidado, pois às vezes uma rede dá muito lucro só porque sonega ou faz uma contabilidade nada ortodoxa. “Há casos em que o fundo faz uma compra e só depois percebe que aquele lucro, na verdade, não existe. E que ainda há um passivo tributário enorme”, diz. É a velha história de sempre: conferir a mercadoria antes de botar a mão no bolso. André Esteves, ao que parece, fez isso.