Escócia rejeita independência e permanece no Reino Unido
A Escócia rejeitou a independência no referendo de quinta-feira, segundo os resultados definitivos divulgados nesta sexta-feira, e optou por permanecer no Reino Unido após a promessa de Londres de conceder mais poderes ao governo regional.
As autoridades europeias não esconderam a alegria com o resultado, que também alivia um pouco a pressão do governo espanhol, contrário a uma consulta sobre a independência da Catalunha.
No total, 55,3% dos escoceses votaram contra a independência do Reino Unido e 44,70% a favor, segundo a apuração final.
O “não” recebeu quase 400.000 votos a mais – 2.001.926 de votos contra 1.617.989 -, em um referendo que teve uma taxa de participação recorde de 84,59% dos 4,3 milhões de eleitores registrados.
A diferença foi maior do que apontavam as pesquisas, o que confirma a tese da “maioria silenciosa” contra a independência que era citada pelos unionistas ante o fervor da campanha independentista.
“Chegou o momento para nosso Reino Unido unir-se e seguir adiante”, disse o primeiro-ministro britânico conservador, David Cameron, em um discurso à nação diante da residência oficial de Downing Street.
“O debate ficou resolvido por uma geração e, talvez, como disse Alex Salmond, por toda uma vida”, completou.
“O povo escocês falou e sua decisão é clara”, afirmou o líder conservador.
“Decidiu manter a integridade de nossas quatro nações (Escócia, Gales, Irlanda do Norte e Inglaterra) e, assim como milhões de pessoas, estou feliz por isto”, celebrou Cameron.
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