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Executivo da Televisa envolvido no escândalo da Fifa foi morto por seu segurança

Do Clarín:

O caso do assassinato de Adolfo Lagos Espinosa deu uma guinada surpreendente. As primeiras investigações realizadas pelas autoridades do Estado do México revelaram que o vice-presidente corporativo de telecomunicações da Televisa e diretor geral da Izzy foi atingido por uma bala disparada por um de seus seguranças. A Promotoria local investiga desde domingo o suposto assalto à mão armada do executivo, que passeava de bicicleta com um acompanhante na estrada Tulancingo-Pirámides, próxima à zona arqueológica de Teotihuacán.

Pouco mais de 24 horas depois do crime, as autoridades da Promotoria geral do Estado do México realizaram uma reconstrução dos fatos auxiliadas pelos guarda-costas que seguiam Lagos Espinosa na retaguarda em uma caminhonete. Os encarregados da segurança da vítima, que iam no veículo como motorista e copiloto, colaboraram com as autoridades desde o primeiro momento como testemunhas. As investigações incluíram análises de planimetria para determinar os detalhes topográficos do local onde ocorreu um suposto confronto entre os seguranças e dois homens entre 30 e 35 anos que tentaram roubar as bicicletas de Lagos e seu acompanhante.

Essa terceira testemunha, que estava poucos metros à frente de Lagos Espinosa, disse à polícia que dois homens caminhavam em sentido oposto a eles. Um deles estava armado. “Um puxou uma pistola e instantes depois foram ouvidos vários disparos, posteriormente vimos esses indivíduos correndo em direção a uma moita de cactos, ao mesmo tempo em que continuavam disparando”, nas palavras da testemunha de acordo com um comunicado de imprensa emitido pela Promotoria na noite de segunda-feira.

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É inusual que as investigações de homicidios avancem nessa velocidade no México. Ainda menos no Estado do México, uma região que apenas em outubro teve, em média, 10 assassinatos diários, sete deles dolosos. O caso de Lagos Espinosa contou com uma rápida e contundente pressão exercida pelos setores empresariais do país. Políticos, homens de negócios e intelectuais pressionaram as autoridades para resolver o crime de um homem de classe alta com uma grande experiência nos bancos mexicanos.