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Filho de Lula rebate conclusões da PF e diz que é perseguido pelo sobrenome

Do Congresso em Foco:

 

A defesa de Luís Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, criticou o vazamento de um relatório da Polícia Federal que classifica como “meras reproduções” de conteúdo disponível na internet o trabalho de consultoria que lhe rendeu R$ 2,5 milhões. Em nota divulgada esta tarde, o advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Luís Cláudio, disse que seu cliente é perseguido em razão do sobrenome que carrega e que as manifestações da PF são “improcedentes e descabidas”.

Ele também questiona a abertura de um novo inquérito para apurar a legalidade dos pagamentos feitos por acusados de participação em esquema de “venda” de medida provisória à LFT Marketing Esportivo, empresa do filho do ex-presidente. “Como explicar o anúncio da instauração de um novo procedimento investigatório, com o mesmo objeto? Essa multiplicidade de procedimentos investigatórios com objeto idêntico, além de ilegal, evidencia uma indevida perseguição em relação a Luís Cláudio e ao sobrenome por ele ostentado”, diz a nota.

O advogado reclama que o vazamento ocorreu após ele ter reivindicado sem êxito acesso aos autos. “Numa inversão profunda, é a mídia que hoje dita o que a defesa deve ou não conhecer dos processos e procedimentos”, critica.

De acordo com Zanin, o material entregue por Luís Cláudio não se resumiu a cópias extraídas da internet, como aponta a PF. “Ignora-se que os relatórios entregues espontaneamente por Luís Cláudio à PF são apenas uma parte da prestação de serviço contratada pela M&M e não seu todo”, afirma.

O advogado questiona a legalidade das ações da Polícia Federal e diz que o material produzido pela empresa de Luís Cláudio era “analítico” e traçava cenários de mercado e tendências, mas não foi concluído. “Interrompido o fluxo que seria natural do trabalho, por dificuldades enfrentadas pela contratante, avalia-se como tosco o que sequer pode entrar na fase de implementação”, declara.