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Luiza Trajano quer cotas para mulheres nas empresas

Da Exame:

Apesar de muitos avanços, as mulheres ainda estão longe de estar em pé de igualdade com os homens no trabalho.

Apenas 8 em cada 100 profissionais de alto escalão nas empresas do Brasil são do sexo feminino, segundo uma pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Outro número, do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) confirma o contraste: as executivas não passam de 7,2% nos conselhos administrativos brasileiros.

Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza, acredita que o preconceito histórico contra as mulheres demorará muito tempo para ser superado. A única solução viável, portanto, seria a implementação de cotas para elas nos conselhos das empresas – uma medida já tomada por outros países, como Noruega, Espanha e Holanda.

“Sou uma defensora de cotas de forma geral, porque elas são um procedimento transitório para reparar uma desigualdade”, disse a empresária, que participou de um debate sobre inclusão feminina no 4º Fórum Mulheres em Destaque.

Ela cita o exemplo da lei que obriga a contratação de deficientes físicos nas empresas como um indício de que a política funciona. “Antes existia muito preconceito contra eles, as pessoas diziam que eles não seriam capazes de executar bem as tarefas, mas as cotas funcionam e eles trabalham muito bem”, afirmou Luiza.