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“Maior parte dos parques está sem manejo e zeladoria”, diz secretário demitido por Doria

 

Do G1:

O ex-secretário do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo Gilberto Natalini (PV) relatou à Controladoria Geral do Município (CGM) antes de deixar o cargo que a “maior parte dos parques estão sem manejo e zeladoria”.

Natalini, que foi demitido pelo prefeito João Doria (PSDB) na sexta-feira (18), disse no documento que “os recursos orçamentários são insuficientes para fecharmos a vigilância nos parques até o final do ano”.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que a atual gestão iniciou, em março, a licitação para contratar as equipes, mas que “o processo só foi liberado há alguns dias pelo Tribunal de Contas de São Paulo”. “Com isso, respeitando os trâmites legais, em breve as contratações serão efetivadas”, diz a nota. A Prefeitura também informou que realiza mutirões de limpeza com integrantes do Executivo e membros das comunidades e iniciativa privada.

O G1 teve acesso ao dossiê encaminhado por Natalini à Controladoria. O documento resume todas as medidas adotadas pela pasta nos últimos sete meses e inclui denúncias relacionadas aos processos licitatórios. No dia 17, a controladora Laura Mendes foi demitida.

Além de apontar problemas com diretores e técnicos da secretaria, irregularidades nos processos de licença ambiental da secretaria e até mesmo ameaças de empresas a servidores, o vereador acrescenta que a maior parte dos parques está abandonada. Confira o trecho completo abaixo:

“Destaco aqui também, que iniciamos nossas licitações para manejo e zeladoria dos parques e em sua totalidade foram suspensas pelo TCM. A maior parte dos parques encontram-se sem manejo e zeladoria. Foi assim que encontramos a pasta, fizemos um dossiê e entregamos ao Secretário Megale.”

“Estamos funcionando com mutirões. Os recursos orçamentários são insuficientes para fecharmos a vigilância nos parques até o final do ano. Fizemos reuniões diversas com a Secretaria de Governo, Fazenda, Gestão, sem sucesso. Eles sugerem que usemos os recursos do FEMA, porém, como há questionamentos do Ministério Público e TCM, sobre a utilização dos recursos do fundo para serviços contínuos, não há como fazê-lo”.

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