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Ministro Paulo Bernardo vê tendência de 2º turno entre Dilma e Marina

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, acredita que a eleição presidencial será decidida num segundo turno entre a presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, e a candidata do PSB, Marina Silva.

“Minha opinião não é a mesma de alguns companheiros meus do partido e do governo. Eu acho que a Marina vai ser mais forte que o Aécio”, disse à Reuters na terça-feira o ministro, que é petista como a presidente.

“Acho que a tendência é se tiver segundo turno, e tudo indica que vai ter segundo turno, vai ser com ela (Marina)”, acrescentou.

Apesar de projetar esse cenário de disputa entre Dilma e Marina, o ministro afirmou que é preciso esperar um pouco para ver que discurso o PSB adotará na campanha e como Marina vai se comportar nos debates.

“O (Eduardo) Giannetti, que é o candidato a ministro da Fazenda dela, está dizendo que não tem diferença na área econômica entre ela e o Aécio”, disse Bernardo em referência às recentes apresentações do economista, que é o principal expoente da área econômica da campanha do PSB.

“Acho que isso é que vai com certeza definir o crescimento dela ou que ela míngue”, disse. “Com certeza o pessoal do Aécio está achando que ela não vai ter fôlego. O importante é saber o que ela vai dizer”, argumentou.

Para o ministro, Marina tem a vantagem em relação ao tucano por ter o ambiente de comoção instalado por conta da morte de Campos e por representar a surpresa de última hora na eleição. Além disso, Bernardo contesta a capacidade de Aécio de apresentar propostas.

“Eu acho que ela tem esse fator surpresa. O Aécio ficou quatro anos no Senado e o que ele fez nesse período? O que ele apresentou? Não mostrou nada”, avaliou Bernardo, que é influente em seu partido e chegou a ser cotado para assumir a coordenação de campanha de Dilma.

Para o ministro, porém, a presidente leva vantagem na disputa com Marina porque tem muitas ações do governo a apresentar e mais tempo na propaganda eleitoral obrigatória.

Saiba Mais: reuters