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Morales dedica vitória a Chávez e Fidel

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Poucos dias antes da eleição presidencial que, segundo as pesquisas, elegeu Evo Morales para um terceiro mandato neste domingo na Bolívia, o presidente disse que a relação com o Brasil é hoje “distante” mas “de confiança”.

A presidente Dilma Rousseff não visitou a Bolívia em seu primeiro mandato, diferentemente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil, as declarações de Evo ao canal nacional de televisão Unitel sinalizaram que a tensão vivida entre os dois países na época da nacionalização do setor de hidrocarbonetos, há cerca de oito anos, não está mais no foco da relação bilateral.

“Cada presidente, homem ou mulher, tem suas próprias particularidades, mas não existe nenhum problema. Ela (Dilma) não visitou (a Bolívia), mas existe muita confiança”, afirmou o presidente.

As pesquisas de boca-de-urna divulgadas após a votação de domingo indicam que Morales permanecerá mais seis anos à frente do governo, após obter cerca de 60% dos votos na votação de domingo.

As sondagens indicaram que o segundo candidato mais votado, o opositor Samuel Doria Medina, da Unidade Democrática (UD), obteve cerca de 25%.

Missão da Organização dos Estados Americanos (OEA), encabeçada pelo ex-presidente guatemalteco Álvaro Colom, indicou que o processo se levou a cabo dentro da normalidade.

Mesmo antes da divulgação de resultados oficiais, o presidente dedicou sua vitória ao povo boliviano e a líderes da esquerda latino-americana.

“Este triunfo é dedicado a Fidel Castro, dedicado a Hugo Chávez – que em paz descanse -, e a todos os presidentes e governos antiimperialistas e anticapitalistas”, discursou, na praça Murillo, em frente ao palácio presidencial.

Se confirmada a vitória, Morales chegará ao fim do seu mandato, em 2020, como o presidente que mais tempo ocupou o poder no país.

Saiba Mais: bbc