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Morre o jornalista e escritor José Louzeiro

Do o Globo:

O escritor e jornalista maranhense José Louzeiro, de 85 anos, faleceu hoje, no Rio de Janeiro.

Louzeiro trabalhou em diversos veículos de comunicação do país, como nos já extintos revista “Manchete”, “Última Hora” e “Correio da Manhã”.

Autor der mais de 50 livros, além de novelas na televisão e roteiros para o cinema, Louzeiro iniciou a carreira cedo, aos 16 anos, na redação do jornal “O imparcial”. Nascido em São Luís do Maranhão em 1932 e radicado no Rio desde 1954, aprendeu a contar histórias trabalhando como jornalista policial – atividade que exerceu durante 20 anos. A experiência, aliás, o ajudou a se tornar um dos pioneiros no país do romance-reportagem(gênero consagrado pelo americano Truman Capote com a obra “A sangue frio”). Um exemplo é seu o livro “Lucio Flavio, o passageiro da agonia”, de 1976, sobre o famoso ladrão, que mais tarde foi adaptado para o cinema com sucesso.

Outro romance-reportagem marcante foi “Aracelli, meu amor”, sobre o assassinato da menina Aracelli Crespo, aos 8 anos de idade, em Vitória, no ano de 1973. Ao esmiuçar o crime, Louzeiro chegou a conclusão que os culpados eram membros da alta sociedade da cidade. Por causa disso, o livro acabou proibido pela censura.

Não foi a única obra censurada do autor. Baseada no ex-presidente Fernando Collor de Melo, sua telenovela “O marajá”, de 1993, foi proibida de ir ao ar. Louzeiro escreveu ainda as novelas “Corpo Santo” (1987) e “Guerra sem fim” (1993).