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No programa de Pedro Bial, comandante do Exército diz que não punirá Mourão por ameaça à democracia

Os Divergentes:

Alguns de seus chefes definiram sua manifestação como uma mera “bravata”, uma voz isolada nas tropas. Foi, inclusive, marcada para essa quarta-feira (20) uma reunião entre o ministro da Defesa, Raul Jugmman, e o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, para decidir qual procedimento seria adotado contra Mourão.

Nessa madrugada (20), no programa Conversa com Bial, o comandante Villas Bôas, minimizou a história e afirmou que não haverá nenhuma punição formal contra o general Mourão.

Com sua maneira tranquila de expressar, Villas Bôas disse que já conversou com ele. Que é preciso entender o contexto em que ele falou. “A maneira com que o Mourão, um grande soldado, se expressou, deu margem a essas interpretações. Mas ele iniciou sua fala dizendo que segue seu comandante”.

Depois de passar a mão na cabeça do colega, Villas Bôas respondeu às perguntas de Pedro Bial sobre a ditadura militar. Com fala mansa, ele foi taxativo: a intervenção militar foi causada por exigência da sociedade e uma quebra de hierarquia nas Forças Armadas.

Não fez sequer uma crítica explícita à ditadura, mas cravou um elogio: durante o regime militar o Brasil passou da quadragésima sétima economia no mundo para a oitava posição.