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Pai acusa loja da Oscar Freire de racismo contra filho de 8 anos

Do globo:

Um relato de racismo em frente a uma loja da marca de roupas Animale está se espalhando pela internet. De acordo com Jonathan Duran, ele e seu filho de 8 anos foram expulsos da frente do estabelecimento na Rua Oscar Freire, no bairro Cerqueira César, área nobre de São Paulo.

Segundo o relato, publicado no Facebook, os dois estavam diante da loja quando uma vendedora saiu e disse “ele não pode vender coisas aqui na frente”. A Animale, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que está investigando o caso.

“O meu filho e eu fomos expulsos da frente desta loja enquanto eu fazia uma ligação porque, em certos lugares de São Paulo, a pele do seu filho não pode ter a cor errada”, escreveu Duran em sua publicação no Facebook, abaixo de uma foto da fachada da filial da Animale, e referindo-se ao fato de seu filho ser negro.

De acordo com o pai da criança, os dois estavam na calçada do estabelecimento no último sábado quando foram interpelados aos gritos por uma vendedora da loja dizendo que o menino não poderia vender coisas ali. Chocado, Duran relatou que limitou-se informar à vendedora de que a criança era seu filho.

“Eu sei que essas coisas acontecem o tempo todo, mas fiquei tão chocado que não consegui falar mais nada. Parece piada de mau gosto acontecer numa loja da Oscar Freire”, afirmou ele nos comentários do seu post.

Publicado no último sábado, o post já conta com quase três mil curtidas e mais de 1.610 compartilhamentos no Facebook até o meio-dia de hoje.

“Provavelmente vão dizer que foi um ‘mal-entendido’ (mesmo quando as crianças negras têm o azar dos mal-entendidos sempre acontecerem com elas). No entanto, minha preocupação é quando o ‘mal-entendido’ não é mais com uma vendedora de uma loja, mas com um policial armado”, afirmou Duran em outro post em seu perfil, comentando o caso.

Questionada sobre o caso, a Animale informou que já entrou em contato com Jonathan Duran, e que está apurando o episódio internamente. A marca também afirmou reiterar “que repudia qualquer ato de discriminação”.

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