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Se o Brasil venceu a ditadura, pode vencer a ‘velha política’, diz Eduardo Campos

O Brasil precisa cortar gastos ruins de custeio da máquina pública e de uma reforma tributária fatiada, sem perder conquistas sociais ou reduzir direitos trabalhistas, disse o pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos. Para ele, isso depende fundamentalmente de uma mudança na governança política.

Campos defendeu, em entrevista à Reuters nesta quinta-feira em São Paulo, que a Petrobras tenha uma política clara e pública de reajustes dos preços dos combustíveis, a exemplo do que ocorre com tarifas de energia e telefonia.

“Nós vamos conter a inflação, nós vamos fazer o Brasil crescer, nós vamos alavancar os investimentos no Brasil, nós vamos conter o gasto ruim, nós vamos fazer o dever de casa que precisa ser feito”, prometeu.

“Não vamos fazer isso perdendo conquistas sociais, não vamos fazer isso sacrificando o direito dos trabalhadores. Vamos fazer isso com uma governança inteligente, passando confiança aos investidores, tendo coragem de fazer os cortes que a máquina pública precisa.”

Tudo isso, na visão de Campos, só será possível com a mudança na relação política, considerada por ele a barreira mais importante a ser vencida.

“Agora é um novo ciclo, o padrão político brasileiro está vencido, o padrão de governança do Estado está vencido”, disse ele, que luta para ser conhecido pelo eleitorado brasileiro e para quebrar a polarização de PT e PSDB, que governam o país há 19 anos.

“Quem falar isso para o Brasil vai encantar a vida brasileira e vai ter o apoio da sociedade para fazer mudanças”, disse ele.

Segundo ele, se o Brasil pôde derrotar a ditadura, não há por que duvidar que é possível vencer “a velha política que está em Brasília”. “Essa é a trincheira que tem que ser derrotada para abrir um novo tempo e um novo ciclo (no país)”, disse Campos.

Saiba Mais: reuters