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Um banco como o Citigroup não chancelaria a compra da refinaria se ela fosse estranha, diz Cerveró

Contrariando o que disse a presidenta da Petrobras, Graça Foster, o ex-diretor internacional Nestor Cerveró afirmou nesta quarta-feira que a compra da refinaria em Pasadena não foi mau negócio.

Durante audiência na Câmara dos Deputados, Cerveró saiu em defesa da compra e disse que é errado se referir à aquisição como a “malfadada operação de Pasadena”.

“Não é justa, não é justa essa classificação [de que o negócio foi malfadado]. Foi o melhor projeto do mundo? Não foi (…), mas daí a dizer que foi uma operação malfadada?”, questionou Cerveró, exaltado. “Não é justo classificar essa operação como malfadada e que causou prejuízo à Petrobras”, reiterou Cerveró, acrescentando que, no momento em que foi fechada a compra, o cenário indicava que seria um bom negócio.

“Quando você diz que [o negócio] causou prejuízo, é um prejuízo contábil, porque não obteve o rendimento esperado. Não é raro acontecer [isso], mas o projeto em si não foi malfadado.”

Cerveró defendeu a posição do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli à época da operação de compra e concordou que, em 2006, a aquisição representou um “bom projeto”.

Ele afirmou que o processo de compra da refinaria foi realizado após análises meticulosas e negou que tenha sido aprovado às pressas. “Não houve um açodamento na avaliação disso. Começamos a negociar em fevereiro de 2005, houve dois períodos de consultorias. Esse projeto foi extensamente, intensamente avaliado. Um banco como o Citigroup [que fez a consultoria] não coloca o seu nome se não estiver seguro da clareza [do projeto]”, disse.

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