Hoje crítica de Nuzman e do “jornalixo esportivo do PT”, Ana Paula do Vôlei passeou “encantada” pela Rio 2016

Atualizado em 6 de outubro de 2017 às 23:23
Ana Paula nos tempos em que Aécio ia salvar o país

 

Ana Paula do Vôlei deu para bater em Carlos Arthur Nuzman e nos “jornalixos” esportivos que, segundo ela, “ficaram 13 anos em silêncio com corrupção do PT” e agora “cobra (sic) postura de atletas sobre prisão do Nuzman. Ñ somos como vcs.”

“A Olimpíada foi trazida pelo PT dentro de todos os esquemas de corrupção possíveis e imaginários (sic) do governo petista”, escreveu no Twitter.

Ana Paula é uma cria de Nuzman, preso numa operação da Polícia Federal, sabidamente corrupto há anos, que deu ao vôlei uma dimensão nacional.

Segundo uma fonte do DCM ligada a esse esporte, ela ganhou pelo menos 100 mil dólares em premiações, juntando as modalidades de quadra e praia.

O jornal Extra falou do “encantamento” de Ana Paula, atualmente colunista do Estadão pró Trump, famosa eleitora de Aécio, com a Olimpíada do Rio.

Segundo a publicação, ela foi “convidada” pela organização dos Jogos. A matéria é de agosto de 2016:

O passeio por um dos points da Rio-2016, o Porto Maravilha, deixou a ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel encantada. A musa da seleção medalha de bronze em Atlanta-1996 não parava de tirar selfies com o Museu do Amanhã ao fundo.

Aos 44 anos, quase formada em Arquitetura pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, onde mora há seis anos, ela é fã do responsável pela obra, o espanhol Santiago Calatrava. “Estou igual criança! É muito mais bonito do que imaginei! Ganhei meu dia”, festejou.

Ana Paula está no Brasil a trabalho: convidada pela organização dos Jogos, integra a equipe de entretenimento da arena do vôlei de praia, em Copacabana.

Enquanto trabalha, ela torce pelo Brasil. “Nosso vôlei é favorito a medalha, acho que teremos quatro no mínimo. Se serão de ouro, é difícil falar”, afirma Ana Paula, com o conhecimento de quem jogou durante 24 anos e foi a quatro Olimpíadas, duas na quadra e duas na praia.

A nostalgia toma conta ao lembrar as famosas discussões com as cubanas nos anos 90: “As pessoas colocavam relógio para despertar e ver Brasil e Cuba de madrugada no Grand Prix. Todo mundo acordava, torcendo para dar briga. Era muita rivalidade. Tenho saudade desse tempo”.

Do time medalhista de 1996, ela enaltece a união, apesar das diferenças: “Tinha gente ali que, se deixasse, se pegava de porrada, não sentava na mesma mesa. Mas era impressionante: quando chegava dentro da quadra, só faltava beijar na boca. Não sei como atingimos essa maturidade”.

Ana Paula parou de jogar há cinco anos, mas não se afastou das competições. Agora, porém, acompanha tudo da arquibancada, como mãe de jogador. Gabriel, de 15 anos e 1,95m de altura, decidiu seguir os passos da família — o pai, Marcos Miranda, foi campeão olímpico como assistente do técnico Zé Roberto Guimarães, da seleção feminina; e o padrasto, o americano Carl Henkel, foi parceiro do lendário Sinjin Smith na praia.

O garoto é meio de rede do time da escola onde estuda, em Los Angeles. “Tem torneio todo fim de semana, a sofrência toda de novo. Roer unha, xingar juiz, já tomei até cartão amarelo”, conta ela, babando na cria: “Ele acabou de ser eleito o melhor atleta do colégio”.

A ex-jogadora concilia a rotina de jogos do filho com a empresa de arquitetura que toca há dois anos nos EUA. O sucesso é tanto que ela já recusa clientes. E não pensa em expandir o negócio. “Para ter sócio, preciso achar alguém chato como eu. Não sou uma pessoa fácil de trabalhar. Trouxe do esporte o foco, a disciplina, a busca pela perfeição”.

Ana Paula e o Museu do Amanhã