Homens que sabem molhar a calcinha de uma mulher sem a língua: um novo capítulo do folhetim de ANÔNIMA

Atualizado em 18 de outubro de 2015 às 8:53
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Este é o terceiro capítulo das memórias eróticas de uma advogada que, por motivos justos, pediu apenas o anonimato.
Os dois outros estão aqui: 1 e 2.
No último capítulo  conheci muito de perto meu novo vizinho. Ele me ajudou com uma porta trancada e saciou o desejo curioso que me despertara desde que nos conhecemos. Eu deixei claro que sabia que ele era casado na sua saída, enquanto sua esposa surpreendentemente nos observava pela janela.
Depois do episódio no mínimo curioso, passei a observar atenta o jovem casal. Pareciam vívidos, felizes, joviais. E liberais, assim eu esperava. A esposa aparentava vinte e poucos anos bem vividos. Era morena, os cabelos ondulados, escuros e pesados, um molejo de quem conhece a vida.
Trocamos alguns sorrisos de cortesia que escondiam segredos que nossas bocas não contavam. E não contarão, ao menos não neste ponto.
Minha casa já estava satisfatoriamente organizada. Era hora de voltar a viver de verdade: livre como gosto de ser. Resolvi viajar para a casa de uma amiga em Floripa. Praias bonitas, corpos dispostos, festas permissivas: tudo o que eu mais gosto no mundo estaria lá.
Ela me esperava com uma cerveja gelada. 
Vá se vestir, use aquela blusa de Capitu!”
Era uma camiseta com os dizeres “Olhos de cigana oblíqua e dissimulada.” Os meus olhos. Combinei-a com um saia curta, solta e confortável. Fomos a uma reunião no estúdio de tatuagens em que a minha amiga trabalhava.  Era um ambiente tão sensual que beirava o sombrio. Luz baixa, muitas referências de cinema e quadrinhos, desenhos criativos estampados nas paredes de uma sala minúscula… e pessoas. Muitas pessoas.
Uma moça no canto da sala, sentada no chão, com um corte de cabelo estiloso; alguns homens tatuados, com camisetas surradas e cabelos fora dos padrões. Atraentes, em geral. Sorriram-me e cumprimentaram-me. Abrimos a primeira cerveja. 8,9% de álcool: aquela noite não seria uma qualquer. 
Alguém me passou um baseado de boas-vindas. Aquelas pessoas pareciam transcender a um nível que eu só alcançaria algumas horas depois. A conversa era solta e leve, ninguém parecia deixar de dizer o que lhe viesse a cabeça. Resolvi ir à janela acender um cigarro. Tragava enquanto ouvia o murmúrio sonoro das pessoas na sala, até sentir uma sombra alcançar o meu corpo. Era uma presença masculina. Os cabelos na altura da nuca, os olhos maliciosos e negros demais. Um corpo quase delicado. 
“É aqui a área da fumaça?”
Sorri de canto e traguei como resposta. Ele parou perto de mim – perto demais: 
“Você tem um isqueiro?”
Em vez de responder, acendi o seu cigarro olhando-o nos olhos e cheguei ainda mais perto. Esperava que ele entendesse o recado. Conversamos qualquer coisa aleatória de que não me lembro mais, até que o ponto alto da noite chegasse. 
Ele lançou o próprio corpo contra o meu, lento, mas com uma agressividade medida e pensada, e escorregou uma de suas mãos pelo meu corpo. Tocou meus seios enquanto me olhava com uma expressão dominadora – e enlouquecedora, a propósito. Homens que sabem molhar a calcinha de uma mulher sem usar a língua merecem um lugar especial no céu. Ou no inferno. 
Passeou novamente pelo meu corpo, por debaixo da minha saia solta, sem desviar o olhar cafajeste por um minuto sequer. A porta aberta e a possibilidade de sermos flagrados me excitava. Beijei-o furtivamente, e, uma correção: aquilo não foi um beijo. Fui eu lambendo os lábios dele.
Era mais animalesco que um beijo qualquer. 
Ele usou a mão que não estava ocupada descobrindo minha calcinha pequena para empurrar o meu rosto, apertando meu queixo e interrompendo meu beijo lascivo. Não entendi muito, mas achava delicioso ser dominada por um quase desconhecido. Sem nenhuma palavra, puxou meus cabelos fazendo-me ajoelhar em sua frente – e neste ponto eu sequer pensava na porta aberta e nas pessoas na sala – e me fez engolir cada centímetro do seu pau. Não pediu licença para me fazer engolir sua porra. Não me deixou esquivar – embora eu não quisesse mesmo fazê-lo. 
Eu ainda estava ajoelhada, estupefata e excitadíssima com tamanha ousadia, quando a moça de corte estiloso apareceu na porta e esboçou uma expressão safada e sem o menor resquício de espanto. Ele abotoou as próprias calças, olhou-a e sorriu, cúmplice. Voltamos para a sala e nos sentamos juntos, muito perto da moça. Entre um gole e outro, ela nos olhava mais do que todos os outros.
A noite só estava começando.  
Continua …