Lembranças dos professores do Paraná a quem tira selfies com PMs. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 29 de abril de 2015 às 21:28

 

Uma boa frase está repercutindo no Twitter: “Em protesto pela intervenção militar você é tratado com educação. Em protesto pela educação você é tratado com intervenção militar.”

Os manés que tiram selfies com PMs em manifestações anti Dilma deveriam, daqui por diante, guardar na mente a selvageria com que foram tratados os professores grevistas no Paraná.

Para cada clique sorridente com um soldado da tropa de choque, que venha uma imagem como esta:

Captura de Tela 2015-04-29 às 21.00.27

 

Ou como esta:

Captura de Tela 2015-04-29 às 21.00.08

 

Ou ainda esta:

Captura de Tela 2015-04-29 às 20.58.38

 

Fala-se em 140 manifestantes feridos por golpes de cassetetes, balas de borracha e mordidas de cachorros. De acordo com a prefeitura, 35 pessoas foram encaminhadas a hospitais. Sete foram presas.

Beto Richa, numa nota cínica, atribuiu a culpa da pancadaria aos “black blocs”, essa entidade responsável pelas enchentes, pela dengue, pela calvície e pelo terremoto no Nepal. Richa ainda declarou que há vídeos mostrando “mochilas contendo pedras e também imagens de coquetel molotov”.

O secretário de segurança pública, o deputado Fernando Francischini, do Solidariedade, ex-delegado da PF, é um sujeito que apareceu num programa de TV com um revólver na cintura, superando o padrão Bolsonaro. Você precisa ser muito ingênuo para achar que não havia uma orientação superior para a PM reagir como reagiu.

Um cinegrafista da Band filmou o ataque de um pitbull a ele mesmo. O bicho só largou sua coxa quando o policial puxou a coleira. Ele foi atendido no local por outros jornalistas.

Essa é a corporação que posa para fotografias com incautos que pedem o fim da ditadura bolivariana.