O ataque populista de Marcelo Tas a Eduardo Jorge

Atualizado em 8 de setembro de 2014 às 16:07
Tas
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Em tempos de intolerância, truculência e intimidação — vide a ação que Aécio Neves move contra o Twitter para obter os dados cadastrais de 66 perfis, inclusive o do DCM –, Eduardo Jorge acaba de dar uma breve lição de civilidade.

O apresentador do CQC Marcelo Tas quis, inexplicavelmente, crescer para cima do candidato do PV no Twitter. Uma cotovelada gratuita, vinda do nada, sabe-se lá para quê.

“Eduardo Jorge sugere q paremos de usar carro. E quem não tem a vida mansa como ele, como fazer?”

Bem, não apenas Eduardo Jorge, mas o mundo anda sugerindo transportes alternativos e discutindo a questão da mobilidade nas cidades. “Vida mansa” significa o quê? Que o homem é um vagabundo, ao contrário de Tas?

Eduardo Jorge respondeu de maneira objetiva: “Uso metrô, trem, ônibus e bicicleta no dia a dia. Sou médico sanitarista, trabalho e me locomovo como a maioria dos brasileiros”.

Tas não se deu por vencido. “Você é candidato a presidente do Brasil. Ao dizer que não usa carro, além de populista, você se torna um mentiroso”.

“Não disse que não uso carro, e sim que uso transporte público e bike nos deslocamentos do dia a dia sempre que possível”, foi a resposta.

A chantagem do apresentador prosseguiu com uma ameaça de publicar fotos de EJ num automóvel (!!), como se isso pudesse provar alguma coisa.

O ataque de Tas é uma trolagem mal informada e mal intencionada, supostamente esperta, de um candidato “menor” à presidência da República.

De alguma maneira, ele deve considerar que está combatendo um mal. É preciso desmascarar os “picaretas” propondo uma tese absurda e inaceitável como usar transporte público ou bicicleta.

(É um sintoma de uma perda de estribeiras generalizada, também. Há dias, alguém deixou um comentário no DCM acusando o site de receber dinheiro ilegal. Acusar com provas ou qualquer coisa assim estão fora de questão).

O populismo autoritário de gente como Marcelo Tas é muito mais nocivo e perigoso que o de Eduardo Jorge. 

 

 

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