O Datafolha é de fazer a direita arrancar os cabelos. Por Fernando Brito

Atualizado em 1 de outubro de 2017 às 9:59

Texto originalmente publicado no Tijolaço.

Por Fernando Brito

Não é “oficial”, mas montei um gráfico com os números já divulgados do Datafolha.

Dispensa explicações.

Como a Folha admite que 35% é o mínimo que Lula atinge nos cenários propostos, é “daí para pior”.

Algumas observações , quase óbvias.

A perseguição beneficiou Lula em grande escala. Passar de 30 apara 35% significa que cada cinco eleitores de Lula viraram seis.

Se estes seis virarem sete, chegam a 41% e vence, provavelmente, no primeiro turno, dado o grau de rejeição à política que a mídia incutiu na população.

Bolsonaro, aparentemente, chegou no seu teto, inacreditavelmente alto.

Mesmo se o esvaziarem, não têm certeza de que alguma parte de seus votos migrem para Lula.

Marina Silva é quase um voto nulo ou branco, é a fuga do debate político, quase uma desculpa para abstenção.

Dória, como me disse um amigo, é um avião que deu todo o o motor e chegou à metade da pista sem velocidade para decolar e acelerado demais para abortar a corrida.

Até mesmo um arranjo para que ele reflua a uma candidatura a governador, se não quiser se aventurar fora do PSDB terá um sabor de “é, não deu” e uma desconfiança imensa pelo seu comportamento de traidor do padrinho Alckmin.

E sinaliza que aventuras “Huck” e outras que tais não terão melhor resultado.

O resto é só o resto.

O mais significativo, porém, é o empate técnico num suposto “segundo turno” entre Lula e Moro.

Embora improvável ( e se tentado será um strip-tease das intenções do juiz, visível até para cegos) mostra que a exclusão de Lula da disputa eleitoral arrastará toda a legitimidade do processo.

O povão é muito mais decente que a classe média e mais inteligente que os doutores de “punhos de renda”.