O esculacho em Serra mostra que o PSDB vai morrer detestado pela esquerda e desprezado pela direita. Por Paulo Nogueira

Atualizado em 29 de março de 2016 às 20:28
Golpista, fascista: Serra em Lisboa
Golpista, fascista: Serra em Lisboa

Foi lindo ver a recepção dada a Serra no infame encontro de golpistas em Lisboa.

Ele foi obrigado a enfrentar berros de “golpista” e “fascista”.

Ninguém conspira contra a democracia impunemente.

Há, no episódio, um rutilante simbolismo. Eis a maldição eterna que, daqui por diante, pesará contra Serra, Aécio, FHC, Alckmin e demais líderes tucanos. Eles serão esculachados onde quer que apareçam como golpistas e fascistas pela esquerda. E a direita os chamará de vagabundos, como aconteceu com Aécio no encontro de analfabetos políticos na Paulista.

São detestados pela esquerda e desprezados pela direita. Passarão para a história como pigmeus morais.

Sequer terão a consideração que golpistas pregressos como Lacerda tiveram. A direita continuou a cultuar o Corvo, o apelido que Samuel Wainer deu a Lacerda, até sua morte.

Os caciques do PSDB serão abominados pela esquerda e, também, pela direita.

É uma resposta merecida ao papel indecente que desempenharam nos últimos anos.

O PSDB morre, em estado de completa miséria moral, nesta tentativa de golpe de Estado.

Um partido que se pretendeu de social democracia à europeia virou um centro repugnante de vassalagem da plutocracia.

Que futuras gerações de brasileiros não sejam obrigadas a conviver com um partido tão repulsivo.

Maldição eterna ao PSDB.