O general Mourão vai ser vice de Bolsonaro? Ou Ministro da Defesa? Por Fernando Brito

Atualizado em 10 de dezembro de 2017 às 6:12
Eles

Publicado no Tijolaço

POR FERNANDO BRITO

A batata do General Antonio Mourão, no forno desde que ele defendeu uma ditadura militar em setembro, assou no forno do General Eduardo Villas Bôas e ele foi afastado do cargo de general sem tropa da Diretoria de Finanças do Exército, depois de repetir a dose, dizer que o Governo Temer é um “balcão de negócios” e se espalhar na defesa da candidatura de Jair Bolsonaro.

Era previsível que isso acontecesse, tanto que, há três meses, aqui se escreveu:

 “O general Mourão vai ser punido, mas sem espalhafato, porque é  exatamente isso que ele pretendia ao fazer a gravação que gerou toda esta polêmica.”

Mourão vai para a reserva em março próximo. Bem a tempo de filiar-se a um partido e de ser candidato.

A que? Bolsonaro certamente não o quer como candidato a vice, embora vá surgir este clamor entre os seus apoiadores.

Talvez por isso, a publicação que fez, há 40 minutos, no Facebook, tenha caráter preventivo:

Temos que ter um Ministro da Defesa, um Oficial-General preocupado com sua tropa e com os interesses dos cidadãos de bem de seu país, sem a afeição exclusiva com representação política partidária como acontece há tempos no Brasil.

Quem quiser, leia como uma oferta do cargo a Mourão.

É algo que dá arrepios na alta oficialidade: uma aliança Bolsonaro-Mourão  significa meio século de retrocesso na profissionalização do Exército Brasileiro e só fascina os tresloucados da tropa.

Mas por que Bolsonaro não quer Mourão de vice, afinal?

Por que Bolsonaro sabe  que defensor de golpe como Vice é um perigo.

Dilma Rousseff que o diga.