Chegamos ao fim da Copa do Brasil e a Alemanha é tetracampeã do mundo ganhando por 1×0 da Argentina. O jovem de 22 anos Mario Götze foi o autor do único gol alemão da partida na prorrogação. Messi errou o último lance decisivo. Acompanhei todos os 64 jogos para fazer mais de 3500 postagens no blog ao vivo do Diário do Centro do Mundo. Nos estádios, 3.429.873 torcedores compareceram, perdendo só para a Copa de 94 e ganhando de todos os mundiais no século 21 até agora. Os turistas gastaram mais de R$ 1 bilhão em nosso país. Um sucesso, apesar do fiasco da seleção brasileira. Confira um resumo do que aconteceu de melhor na Copa das Copas.
Os gols mais bonitos
Robin Van Persie fez um gol de cabeça, voando como um peixinho, na goleada que a Holanda fez com a Espanha no começo da Copa, ganhando por 5×1. Karim Benzema, da França, deu um chute a gol contra Honduras que bateu na trave e passou a linha do gol, sendo puxada pelo goleiro Noel Valladares. Felizmente, a tecnologia de 14 câmeras da Fifa detectou a bola passando a linha. E o gol foi válido. Mas o gol mais bonito foi o do garoto James Rodríguez, da Colômbia, contra o Uruguai. Matou no peito e bateu de sem pulo. Uma pintura do artilheiro do torneio. No mundo sobrenatural, Fred fez um dos gols mais exóticos da Copa. Bateu na bola com a clavícula, num lance muito estranho contra o time de Camarões.
O melhor goleiro
Segundo a Fifa, o bonitão Neuer, da Alemanha, foi o melhor. Mas, apesar de Tim Howard, dos EUA, ter mitado contra a Bélgica, e de Guillermo Ochoa, do México, ter parado o Brasil, o goleiro argelino M’Bolhi fez defesas espetaculares contra uma Alemanha poderosa, apesar da derrota por 2×1. Foi um dos responsáveis por levar a Argélia até as oitavas de final.
O maior frango
O maior frango foi o do goleiro russo Igor Akinfeev no jogo contra a Coreia do Sul no dia 17 de junho. Desatento, Akinfeev deixou uma bola passar porque estava prestando atenção em alguma outra coisa. A falha foi tão feia que ele deitou e começou a chorar copiosamente no campo.
A maior decepção
Brasil. Pelas razões que você já conhece.
O pior técnico
Felipão. Pelas razões que você já conhece. E pelas coletivas de imprensa.
A melhor surpresa da seleção brasileira
Dona Lúcia, autora da carta para Felipão. 
As prisões
Na abertura da Copa, uma equipe da CNN chegou a ser atingida por bombas da Polícia Militar ao cobrir os protestos. O estudante e funcionário da USP Fábio Hideki Harano foi preso no dia 23 de junho, acusado de ser líder dos black blocs. Ele está no presídio de Tremembé até agora, sendo que nem portava máscara durante a prisão. Fred está solto.
A torcida mais coxinha
Aquela que vaiou Dilma Rousseff na abertura da Copa e na final. E a que também vaiou a torcida chilena durante a execução de seu hino nacional.
O jogador estrangeiro mais brasileiro
Lukas Podolski, da Alemanha, conquistou os brasileiros. Nas redes sociais, disse que virou noveleiro, tirou fotos com índios etc. Postou no Twitter que estava torcendo para o Brasil contra a Holanda. O post viralizou, tornando-se mais um dos memes do mundial. O Brasil perdeu, mas não totalmente por culpa dele.
A torcida mais animada
A do Uruguai cativou quando levou máscaras em homenagem ao seu presidente Pepe Mujica, nos primeiros jogos da Copa, e ao mordedor Luis Suárez. A torcida argentina deu show nos estádios. Fora deles, foi o que se espera de argentinos.
A maior presepada jornalística
O jornalista Mario Sergio Conti entrevistou Wladimir Palomo, sósia de Felipão. A fonte se identificou para Conti, mas ele não acreditou e escreveu um texto como se tivesse falado com Luiz Felipe Scolari. A “reportagem” foi publicada na Folha de S. Paulo e no Globo. Notado o erro, as publicações tiraram o material do ar. Foi a maior barrigada da história dos mundiais. 
O maior pé frio
Mick Jagger apostou nas seleções de Portugal, Inglaterra e Itália, que caíram na mesma fase. Estava torcendo pelo Brasil contra a Alemanha, no dia dos 7×1. Foi visto na final sem declarar voto, mas sabe-se que estava torcendo para a Argentina.
As previsões mais catastróficas
A mídia fez campanha: os estádios não estariam prontos a tempo, os turistas não seriam bem recebidos, os aeroportos iam desabar, os visitantes pegariam dengue, aids, frieira e caxumba. Foi uma Copa quase impecável do ponto de vista organizacional. Sem contar os jogos. Até o fiasco da seleção brasileira deu um sabor especial ao torneio.
Mas nenhuma previsão foi mais furada do que a tese de que “o Brasil comprou a Copa”, com a variação “Dilma e o PT compraram os resultados”. Mesmo depois da derrota para a Alemanha, houve quem acreditasse num texto falso assinado por um tal de Gunther Schweitzer, apresentado como diretor de jornalismo dos canais ESPN ou como diretor da TV Globo. A denúncia de Schweitzer está circulando desde 2006 com algumas variações.
A musa da Copa
A belga Axelle Despiegelaere, de 17 anos, chamou atenção na arquibancada dos jogos e voltou para a Europa com um contrato novo em folha com a L’Oreal. Durou dois dias: Axelle postou fotos de suas caçadas. A L’Oreal suspendeu a negociação no ato.
O melhor Fred
Este. 