Precisamos de você para contar a real história por trás da falta de água em SP

Atualizado em 17 de dezembro de 2014 às 19:52
Vida dura em Itu
Vida dura em Itu

Mais uma vez, precisamos de você.

Queremos investigar, como ninguém fez, o caso Sabesp.

Como um drama anunciado pôde se tornar realidade sem que, em nenhum momento, jornais e revistas trouxessem o assunto para  público com o presumível fim de não prejudicar a candidatura de Geraldo Alckmin a um segundo mandato?

Em consequência do silêncio cúmplice da mídia, e da esperteza de Alckmin e equipe em esconder o problema, os paulistas temem que nada vá jorrar de suas torneiras cada vez que as abrem.

Os paulistas aprenderam também, ainda que a contragosto, o significado de expressões como “volume morto”. E podem virtualmente dar aulas, agora, sobre o Sistema Cantareira, algo até recentemente desconhecido dos habitantes de São Paulo.

Estudiosos insuspeitos de partidarismo rechaçaram a desculpa oficial de que a origem do problema reside numa temporada longa sem chuva, até porque isso já era previsto.

Muito mais crível é a hipótese de que a administração Alckmin evitou tomar medidas preventivas – como o racionamento de água – para que isso não pesasse em sua campanha.

Nós queremos reconstituir essa história passo a passo. Planejamos fazer uma série de reportagens e, ao final, um documentário, a exemplo do que fizemos há alguns meses com o “Helicoca” e, agora, com a sonegação da Globo.

O repórter escalado para a missão é o mesmo: Joaquim Carvalho, um mestre do jornalismo investigativo.

Não temos, ao contrário das grandes empresas jornalísticas, recursos suficientes para bancar empreitadas custosas como esta.

Mas temos uma vontade indomável de fazer o que elas, essas megacorporações, não fazem, por não ser de seu interesse político e econômico.

E sobretudo temos você, um leitor que confia em que nós entregaremos um trabalho sério, íntegro – e, tão importante quanto estes dois atributos, competente.

Dentro da mais nobre tradição do bom jornalismo, queremos jogar luzes onde existem sombras – como é o caso da falta de água em São Paulo.

Temos dez dias pela frente para alcançarmos a cifra orçada para essa investigação.

O dinheiro está sendo arrecadado no Catarse, e o sistema é simples: se você chega ao valor projetado, tudo bem. Mãos à obra.

Se não chega, o projeto é cancelado – e as contribuições devolvidas.

(Aqui, o link.)

Jamais enfrentamos um fracasso no Catarse – primeiro pela modéstia espartana de nossos orçamentos, segundo pelo empenho nosso em escolher temas de alta relevância e terceiro pela confiança generosa de quem nos lê.

Mais uma vez, grato.

Paulo Nogueira, diretor editorial