Reinaldo Azevedo e a polêmica com Dallagnol: eles se merecem. Por Joaquim de Carvalho

Atualizado em 25 de julho de 2017 às 14:04

No alto, Dallagnol com dois da sua tropa de choque; acima, Reinaldo, com auxiliares, no tempo em que a Lava Jato era parceira, ajudava a tirar a turma do “apedeuta” (Lula) do poder.

Reinaldo Azevedo insiste na polêmica com Deltan Dallagnol, num longo texto publicado no site da Rede TV: ele diz que o procurador da República atropelou a lei ao conseguir sua nomeação para o Ministério Público sem cumprir a exigência de dois anos de formado em direito.

É verdade.

Trata-se de uma réplica ao que disse Dallagnol sobre ele – entre outras coisas, a de que não é “cioso pelo cumprimento da lei”. Talvez seja uma referência pouco sutil à Operação Castelo de Areia, onde o nome de Reinaldo Azevedo aparece, em anotações sobre valores – no caso, 50 mil.

Na esquerda, a polêmica tem sido acompanhada com entusiasmo, com uma mal disfarçada torcida por Reinaldo Azevedo – um setor da esquerda que é lamentável.

Tão lamentável como foram aqueles que, no passado, aplaudiram Carlos Lacerda quando ele tentou uma aliança com João Goulart para derrubar a ditadura militar, que ele tinha ajudado a implantar.

É a esquerda vira-lata, que abana o rabinho no primeiro aceno.

Reinaldo Azevedo ajudou a chocar a serpente de 2016 e, agora que ela se aproxima dos seus parceiros – amigo é algo mais nobre –, tenta contê-la.

Reinaldo Azevedo e Dallagnol se merecem.