São Paulo vive a maior crise de falta de água em sua história recente. O Sistema Cantareira, que abastece a capital, opera com cada vez menos capacidade. A situação é alarmante.
Em 2015, especialistas dizem que a água será escassa em níveis inéditos. Enquanto isso, o governador Geraldo Alckmin se recusa a admitir qualquer problema.
Como chegamos a esse ponto?
Há uma empresa responsável por cuidar disso: a Sabesp.
Conhecida no passado como cabide de emprego, numa época em que ainda não tinha ações em bolsa, a Sabesp reina absoluta num mercado sem concorrência.
Em 2013, teve um lucro de 1,9 bilhão de reais, o que proporcionou uma grande distribuição de dividendos aos acionistas.
A Câmara Municipal instalou uma CPI para apurar os contrato da Sabesp e descobriu que há, sim, base legal para rescindi-lo e promover alterações que aumentem a eficiência da empresa.
A Sabesp está falhando na gestão da crise hídrica, conforme indica gravação de uma reunião na empresa, da qual participou a presidente, Dilma Pena. Ela aparece dizendo que recebeu “orientação superior” para não informar a população da gravidade da situação do Cantareira.
Qual o papel da companhia na crise? E o de Geraldo Alckmin?
O que está por trás do lucro gigantesco? Por que os paulistas não foram avisados da seca? Por que jornais e revistas permaneceram em silêncio?
Quem ganha com isso?
O DCM quer investigar essa história. Vamos contar como a companhia está reagindo diante desse desafio e por que a demora em tomar uma atitude. Vamos apurar as denúncias de desvios de dinheiro e contar em detalhes como opera a pressão política por trás disso.
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