O segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha com 39 quilos de cocaína, fez ao menos 29 viagens no Brasil e no exterior desde 2011.
Rodrigues era comissário de um avião da FAB de apoio à comitiva da viagem de Jair Bolsonaro para o encontro do G-20 no Japão.
Bolsonaro está tentando se desvencilhar do sujeito, como se fosse um fantasma ou um imigrante ilegal — “escória” — infiltrado.
É claro que não é possível estabelecer um vínculo direto entre ele e Jair.
Mas o fato é que o sujeito, por força do ofício, sempre esteve por perto.
Em fevereiro, ele estava entre os militares que o seguiram em viagem de Brasília a São Paulo para a realização de exames médicos.
Entre 18 e 20 de março, houve mais uma missão de transporte do “escalão avançado” da Presidência.
Em 24 de maio, fez bate-volta de Brasília a Recife, acompanhando o presidente, que passou todo o dia em Pernambuco, relata a Folha.
Aos poucos, vão surgindo detalhes do perfil de Rodrigues. Aos 38 anos, ganha salário bruto de R$ 7.298.
E, no Facebook, mostrou de quem era eleitor, fazendo arminha com as mãos com camiseta amarela.
Cidadão de bem das Forças Armadas do Brasil, com muito orgulho, com muito amor.
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