De médico e louco todo mundo tem um pouco.
Bolsonaro tem os dois na mesma intensidade – e a evidência está na sua desastrosa gestão da pandemia do coronavírus.
Mesmo com o ministério da Saúde apagando de seu portal a recomendação para o uso da cloroquina e, consequentemente do tratamento precoce, o mandatário insiste em indicar a droga sem nenhuma comprovação científica aos seus seguidores.
Foi o que fez na manhã desta sexta, 7, em resposta à CPI da Covid no Senado.
Bolsonaro dobrou a aposta e provocou:
“- Resposta aos inquisidores da CPI sobre o tratamento precoce:
1- Uns médicos receitam Cloroquina;
2- Outros a Ivermectina; e
3- O terceiro grupo (o do Mandetta), manda o infectado ir para casa e só procurar um hospital quando sentir falta de ar (para ser entubado).
– Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar.
– Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok?”
Esse é o lado médico do genocida.
O outro, o louco, está em seguir os conselhos do filho desmiolado, Carlos Bolsonaro, para quem o capitão deve sectarizar o debate a cada vez que a água bater na bunda.
Quando o mundo se choca com os absurdos da crise no Brasil, e o general Pazuello foge das investigações como o diabo da cruz, sabendo das consequências da sua irresponsabilidade em Manaus, Carluxo manda o pai para o confronto.
A má notícia: Bolsonaro vai.
Não por acaso estamos à beira do abismo.